Sobre: Romance
- Gabi
- 27 de set. de 2017
- 4 min de leitura
Fala aí, amores! Tudo bom?!
Primeiramente, queria dizer que esse tema me veio na cabeça quando eu estava escrevendo a resenha sobre Revolução em Dagenham, então não estranhem o cunho “volta ao tempo” dessa postagem.

Para eu começar a falar sobre esse assunto, queria dizer que inicialmente fiquei curiosa sobre o termo “romance”, então o que eu fiz? Fui pesquisar. E eis que é isso que eu encontro nas páginas infinitas do Google, uma citação de uma pessoa chama Juliano S.:
“O amor entre duas pessoas está acima de qualquer obstáculo, não tem limite, não tem hora, não enjoa, não acaba.”
E eu não satisfeita ainda achei essa definição:
“Perfeito é o amor entre duas pessoas imperfeitas que se recusam a desistir um do outro.”
Eu não sei as meninas em geral, mas eu e Ane somos muito românticas (sim, demais!) e livros de época sempre me encantaram (não é à toa que sou fã da Julia Quinn, autora da série “Os Bridgertons”), e isso significa que sempre gostei desses vestidos elaborados, de imaginar bailes, festas em casas imensas e luxuosas, de pensar em como seria correr segurando a saia do vestido e, por final, ser cortejada por um cavalheiro. Posso estar sendo meio doida? Sim, com certeza! Mas eu adoro pensar nessa ideia.
Sim, amo mesmo.

Porém, muitas pessoas criticam essa minha visão, porque falam que, se hoje as mulheres ainda possuem pouco espaço na sociedade, imagine então no século XIX. Pois é, eu concordo: elas não tinham espaço nenhum e qualquer mulher que dissesse que seu objetivo de vida era viajar ao redor do mundo ao invés de casar, estaria cometendo um erro gravíssimo e infringindo as regras.
Bem, mas não é apenas disso que se trata.
O assunto é sobre como tudo era mais romântico naquela época. Eu posso estar enganada também? Posso, mas é uma visão que eu tenho sobre isso. As relações hoje em dia estão muito mais distantes: a “lei do desapego” e “jogo de quem está mais desinteressado” me fazem preferir uma época completamente diferente nas relações interpessoais.
Hoje você dizer o que sente é basicamente assinar o atestado de óbito para o amor, e caramba, é uma coisa horrível de se pensar. (Quem gosta de matar o amor?)

E é por esse motivo que eu gostaria muito de saber como era o início de um cortejo nesse século: as trocas de olhares, uma dança e outra, outra, outra... que já se mostravam indícios de que algum interesse poderia surgir ali.
O segundo passo era o homem buscar a tal moça na qual está interessado e visita-la sempre que pudesse, de preferência levando flores ou qualquer outro presente que esteja no nível ou acima das flores. Eu fico imaginando a feição da moça quando via um homem parado diante dela com um buquê enorme em mãos. É claro que ela sabia o motivo dele estar ali. Bem, no meu caso eu ficaria muito, muito nervosa, capaz de derrubar o buquê e o homem (eu acho que não seria muito bem vista se fizesse isso, a menos que o homem em questão tivesse muito bom senso de humor).

E então, aos poucos, a medida que vão saindo, vão se conhecendo: e não precisam sair para lugares exóticos não! Um piquenique em local aberto era muito mais recomendável se eles quisessem mesmo conhecer um ao outro.
Por fim, quando eles estivessem certos de que são alma gêmeas, havia o tão esperado casamento. (Ai, que fofo, né?)
Engraçado que eu andei pesquisando, e descobri que o simples retirar das luvas das mãos das mulheres era considerado um movimento sensual, e não apenas isso: a nuca aparecendo enquanto os cabelos estavam presos também tinha um significado especial.
Vocês notaram sobre o que se trata?
São coisas pequenas e simples que podem facilmente ser observadas, e além disso, admiradas. Quando você encontra uma pessoa que faça isso nos dias atuais, precisa valorizá-la. Naquela época, eu acredito que as coisas eram mais reservadas, porque, cá entre nós, não haver internet ajuda muito nisso.
E como a internet mudou a vida das pessoas!
Hoje você postar uma foto com seu namorado significa que você está bem, e quando não posta, vocês brigaram? O que será que aconteceu? Terminaram?
E assim fomos sendo expostos o tempo todo para pessoas que nem sequer falamos direito quando passamos lado a lado na rua, apenas por tê-los nas nossas redes sociais.
Mas isso tudo não significa que estou desacreditada no amor. Eu confio que vamos todos encontrar alguém que nos valorize de verdade e nos aceite como realmente somos.
E isso tudo tem a ver com as duas citações acima.
Vocês notam o quanto isso é forte?
Duas pessoas se amarem é muito forte.

Você dizer que ama alguém é algo realmente grande. Porque isso significa que você ama as coisas boas e as ruins também. Que você pode acordar num dia e olhar para aquela pessoa, e ela estar com uma cara horrível de sono ou o cabelo em pé, mas você sabe que a ama mesmo assim. Amar alguém é brigar com a pessoa e querer imediatamente voltar a falar com ela, mesmo sabendo que provavelmente você está certo sobre o assunto.
Porém, hoje em dia, vejo poucas as pessoas que dão valor a esse sentimento profundo e puro. E vejo muitas que dizem que amam, mas não amam (nos dois casos, sempre acaba havendo um término trágico).
E hoje, eu decidi fazer essa postagem no intuito de alertar as pessoas sobre o que ocorre na sociedade atual, não que eu ache que posso mudar o mundo inteiro, mas eu só preciso fazer você pensar sobre isso. Decidi comparar com antigamente, porque é uma época onde você gostava e não precisava fingir que não gostava para a pessoa não fugir, muito pelo contrário: quanto mais se demonstrava amor, mais você recebia amor.
Então, meus amores, é isso!
Nós realmente esperamos que tenham gostado desse post e que pensem sinceramente sobre o tema, porque é importante valorizar as pequenas coisas.
Beijão da Ane e da Gabi!
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